Festas Populares

 

Em Vila Real celebram-se todos os santos populares, a festa não cessa do Santo António até ao São João. O Santo António é o padroeiro da cidade. O São João reapareceu na primeira década do século XXI depois de um tempo em que esteve mais esquecido. O São Pedro é uma festa e uma feira, a Feira dos Pucarinhos, e apesar de já serem poucos os que lá vendem o barro preto ou o linho, esse cariz de importância económica mantém-se.

A festa da Senhora da Pena, que se realiza no 2.º domingo de setembro em Mouçós, é sem dúvida a maior que se realiza nas freguesias do concelho. É conhecida pela dimensão magistral dos andores, que chegam a ter mais de 20m de altura, carregados ao ombro por mais de 100 homens e equilibrados por cordas, como cireneus, devido à altura. A festa que atrai milhares de pessoas, entre fiéis e turistas, é animada com grupos de bombos e outras atividades,mas o ponto alto é a tradicional “dança dos andores” à volta do Mosteiro da Senhora da Pena no final da procissão, que apesar da dimensão e peso, os homens levam aos saltos num último esforço final. A organização da festa é assumida, de forma rotativa, por onze das vinte aldeias da freguesia de Mouçós, nomeadamente Lagares, Sequeiros, Abobeleira,Jorjais, Lage, Varge, Alvites, Magarelos, Cigarrosa, Pena de Amigo e Sanguinhedo, o que mantém uma concorrência saudável, e assim, a tradição viva.

Outra tradição bem viva em Vila Real são as celebrações de Santa Luzia e de São Brás, festas de origem religiosa, que prosperam e se tornaram tradição popular, pelo ritual que as une, entre si e à gastronomia local. No dia de Santa Luzia, padroeira dos cegos, 13 de dezembro, manda a tradição que as raparigas ofereçam o pito, um pastel com doce de abóbora, aos rapazes seus eleitos, para que no dia 3 de fevereiro, dedicado na liturgia a São Brás, os rapazes retribuam a oferta com a gancha, um rebuçado em forma de báculo bispal. Conta a história que os pitos foram criados por Ermelinda Correia, natural de Vila Nova, na freguesia de Folhadela, e que, por ser muito gulosa, foi enclausurada pelos seus pais no convento de Santa Clara. Como irmã Imaculada, teve uma visão enquanto aplicava panos de linhaça como curativos em doentes (os panos eram quadrados, com os cantos dobrados para dentro), que a inspirou a criar os famosos pitos a partir de quadrados de massa e compota de abóbora ao centro. Pela proibição de ser gulosa, ao cruzar-se com a madre superiora, que era cega, disse-lhe que os pastéis que levava eram pachos de linhaça para os doentes e pensou que “do que não se vê, não se peca”. A sua devoção a Santa Luzia misturou as tradições e, ainda hoje, os pitos de santa luzia são os doces tradicionais da celebração.

Além das festas tradicionais que englobam o concelho, durante o mês de agosto e início de setembro, várias aldeias organizam festas em honra ao santo padroeiro da aldeia (exemplos são a Nossa Senhora da Guia em Vila Marim, o Nosso Senhor dos Aflitos e Santa Maria Madalena em Lordelo, a Santa Maria Maior em Borbela, a Nossa Senhora da Ajuda em Sanguinhedo, o Nosso Senhor dos Aflitos na Lage ou mesmo a Senhora da Pena em Mouçós). Também em agosto assinala-se no concelho o Dia do Emigrante, no dia 15, recentemente com a realização de concertos na Praça do Município, promovidos pela Câmara Municipal, um esforço demonstrativo da importância dos emigrantes que regressam ao concelho durante o verão, sobretudo no mês de agosto.

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